Já pensou se as feministas de hoje existissem na época do axé dos anos 1990?


Como está no título. Pensa nas neo feminista uns dezoito, vinte anos atrás ouvindo essa lista!? Paulista fechada por um mês no mínimo. Mas por mais que fossem letras “erotizadas”, não chega aos pé do que temos hoje. Soam até ingênuos.

Porém não fizemos essa lista para gerar intriga. Pense na questão proposta no título, mas não leve ao pé da letra. Deixe esse peso para uma outra hora, hoje é sexta. Com essa lista você vai é jogar a mãozinha pra cima... Ordinária!

Por hora afasta os móveis da sala e vem mãe! Joga a mãozinha pai! 



Gang do Samba – Raimunda 

Tinha aquela história: “fulana de tal é Raimunda: feia de cara e boa de bunda” – rs. Foi essa a inspiração para a música cantada pela Gang do Samba?. Não se sabe. Fato inegável é que o grupo era um dos grandes nomes do axé dos anos 1990 e este vídeo de Raimunda é uma comprovação do sucesso estrondoso _performance no programa H, apresentado por Luciano Huck, na Band. A bunda é exaltada como um “monumento da redonda arquitetura, logo embaixo da cintura”. Obra que passeia na feira, no mercado... As feministas de redes sociais provavelmente não ficariam satisfeitas com o verso “Essa menina tá de brincadeira, vai acabar alguém passando a mão”. (por João da Paz)


                                        
Grupo Cafuné - Melo do pirulito

E na onda do axé que assolou as terras tupiniquins, fomos brindados com essa pérola. Olha o piu-piu, ô pirulito! Com uma letra de duplo sentido, o melo do pirulito logo virou febre nas festas Brasilzão afora. À época mais uma letra cheia de graça, sem ofensa. Hoje seriam algozes das feminazi. É só um pirulito, mas se brincar com o do Ricardão vai se lambuzar. (por Leonardo Macedo)



Companhia do Pagode – Psiu, Psiu

Outro vídeo do H (ao vivo assim é bom para sentir bem o swing da batucada e a energia do som). Em tempos em que um mero olhar é condenado, imagina um simples psiu? Dois, então... (hahaha). Companhia do Pagode está em atividade até hoje, lançou o primeiro álbum em 1995, mas o ápice do sucesso foi na década de 1990, principalmente com a polêmica Na Boquinha da Garrafa. A música Psiu, Psiu reafirmou a popularidade do grupo com frases sugestivas como “psiu psiu, coisinha linda do bumbum empinadinho” e “você cheira pecado / eu dessa fruta quero comer”. (por João da Paz)

                                      


É o Tchan - Ralando o Tchan 

Fazer uma lista dessa sem citar o É o Tchan, é carimbar o passaporte pro inferno sem escala nem volta. O maior e mais icônico grupo de axé brasileiro. Você pode odiar, mas conhece mais de três músicas deles, quiçá as coreografias. De 1992 a 2007, o grupo vendeu mais de 6 milhões de discos, porém a proeza do É o Tchan foi se apresentar no renomado Festival de jazz de Montreux, em 1997. Com letras erotizadas e de duplo sentido, o grupo empurrou goela abaixo suas músicas por um bom tempo aqui no Brasa. As feminazi provavelmente odeiam. Mas a meu ver toda e qualquer opressão que decorra de suas letras, caem por terra ao ver a dupla Beto Jamaica e Cumpadi Washington em ação. Tutututu pááááá! (por Leonardo Macedo)



Raça Pura – O Pinto 

Chega a ser uma história comovente. O cara tá desesperado porque o pinto do seu pai fugiu com a galinha da vizinha, coitado. A busca dura dias, noites. E dá dicas do bichinho: diz que não é mole e que, para dormir, “tem de coçar a cabecinha”. Música do álbum homônimo, O Pinto deu um disco de ouro para o Raça Pura, uma letra de duplo sentido, ingênua, de sacanagem. Vai de cada um a interpretação. (por João da Paz)

Caso estupro coletivo no Rio: interesse público, do público ou corrida pela audiência?


As redes de TV não perderam tempo e logo tomaram posse de um furo que levaram da internet, mais precisamente das redes sociais. No feriado de Corpus Christi, no último dia 26, uma quinta-feira, veio à tona o estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos na cidade do Rio de Janeiro. Já na sexta, o SBT exibia uma entrevista rotulada como exclusiva com a garota. Eis o pontapé desta história.

Afinal, o caso é um interesse público, do público ou virou uma mera corrida pela audiência? Tudo isso sem a presença inicial do “advogado do Diabo”, que erroneamente demorou para dar as caras.

*Antes de tudo, cabe um esclarecimento: eu não sou formado em Direito nem sou policial. O texto não trará julgamento do caso em qualquer hipótese. Sou jornalista e faço aqui uma análise da cobertura das principais redes de TV sobre 
o caso*

É fácil distinguir o que é uma notícia de interesse público da que é de interesse do público. Interesse público é aquilo que afeta o cidadão, um grupo de pessoas, etc. Exemplo: aumento da gasolina, corrupção. São fatos que a população deve saber, principalmente como isso pode afetar o cotidiano.

Já notícias de interesse do público pode não ter uma relevância primordial aparente, mas são importantes. Tem seu valor por haver gente interessada no assunto, seja no casamento de uma celebridade ou se fulana de tal está solteira. O público tem interesse nisso e o jornalismo tem de reportar.

Então, o caso da adolescente é interesse público ou do público?

Pode se argumentar que se encaixa nas duas teorias. É imprescindível que o jornalismo trate do assunto como serviço, ressaltar o quanto a mulher está vulnerável a qualquer tipo de violência e que o agressor não teme represálias devido ao sentimento de impunidade. Vale pontuar que ouvir a garota também é importante no contexto.

Isso também é interesse do público, ouvir o ponto de vista da adolescente. Assim como descobrir os fatos, de fato. O povo estava à espera.

Agora, o quanto as emissoras foram aproveitadoras? Praticaram mesmo o jornalismo como tem de ser?

A entrevista conseguida pelo Roberto Cabrini para o SBT exibida na última sexta (26) fazia parte de um especial do Conexão Repórter do domingo, dia 29. Claro, foi rotulada de entrevista “exclusiva”. Por ter sido o primeiro veículo a falar com a garota, o SBT ganhou destaque em diversos sites e portais. O programa, com pouco mais de 54 minutos de duração, teve o estilo Cabrini bem claro. Experiente, o jornalista procurou ter um papo mais descontraído, tanto com a adolescente quanto com a mãe dela. Houve a dramaticidade típica por ser um programa longo, porém foi esclarecedor.

No mesmo domingo, a Record também anunciou como “exclusiva” uma entrevista com a menina, exibida no Domingo Espetacular. A reportagem foi bem ampla, cerca de 32 minutos, e serviu como chamariz de audiência. Só esqueceu de um princípio básico do jornalismo.

E também no domingo, a Globo exibiu sua entrevista “exclusiva”, feita às pressas. Somente por volta das 17h, durante o segundo tempo dos jogos do Brasileirão, que foi anunciada a tal entrevista que iria ao ar no Fantástico. O papo curto, apenas 7 minutos, foi conduzido por uma mulher, a Renata Ceribelli. Talvez por isso, a garota se sentiu mais à vontade _deu para perceber essa diferença em comparação com as outras entrevistas. Logo, deu as melhores declarações.

O outro lado passou despercebido em todas as ocasiões citadas acima. Talvez a comoção tenha sobreposto o bom senso. Ninguém questionou qualquer informação dada pela menina ou reportada pela polícia. Um dia foi suficiente para isso mudar.

Na segunda (30), Marcelo Rezende assumiu o papel de “advogado do Diabo”. Ele, assim como o Cabrini, tem propriedade para falar de assuntos criminais por ter uma vasta experiência na área. E justamente essa foi uma das cartas que Rezende usou ao propor uma análise mais ampla de tudo no primeiro Cidade Alerta da semana.

O apresentador reforçou que todos os envolvidos no estupro têm de ser punidos, o que não omitiu em nenhum instante (ao contrário do que aqueles que se abastecem de posts em rede sociais temem a propagar). Ele questionou coisas como: Se a garota estava dopada, como conseguiu contar quantos homens estavam ao seu redor? Estaria ela se baseando no vídeo em que um cara diz que haviam “mais de 30”? O corpo de uma adolescente aguentaria ser violentada por “mais de 30” homens? Quais os motivos dela estar naquela situação? Estupradores são tão nojentos que nem o bandido mais cruel perdoa. Como os “mais de 30” passaram ileso em um reduto dominado pelo crime?

São perguntas _entre outras que ele propôs_ justas. Não para julgar ninguém, apenas para esclarecer o ocorrido. Uma das missões do jornalismo, aliás. Es-cla-re-cer. Não determinar vereditos. Culpar quem a Justiça sequer julgou. Fazer tal coisa é crime e a imprensa, ao longo da história, cometeu equívocos precipitados e teve de pagar caro.

Além de “advogar para o Diabo”, a imprensa precisa dar continuidade a cobertura, não deixar esmorecer. Falar sobre o caso, sobre estupro coletivo, sobre a violência contra a mulher quando tais coisas não forem notícia. A imprensa tem de fazer desses temas pautas permanentes, debater e fazer a população refletir. Nunca esquecendo do outro lado, do outro ponto de vista. A missão da comunicação é informar, apresentar todos os fatos possíveis para o público analisar o assunto por completo.

E deixar que a Justiça julgue. 

De noite em SP


“Chegou fim de semana todos querem diversão”. Pois é, o Mano Brown cantou e é a real. Para a maioria dos pobres mortais sextas e sábados são dias sagrados. Tem aqueles mais apressados que começam na quinta, outros fazem da vida um fim de semana.

Independente do tipo: sexta e sábado padrão, feriado de sexta, na quinta, terça, ou segunda. A gente quer é farriar!

Eu como bom trabalhador da noite paulistana, trago hoje cinco sugestões de bar/pub com música ao vivo da nossa querida Sampa.

Faça sua escolha, joga a mão pra cima, pula, dança, aterroriza! Na pior das hipóteses simplesmente divirta-se.




BOURBON STREET

Pense numa casa que tem como hostess, Lucille. A menina de B.B. King. Assim é o Bourbon. Reduto garboso. Clima jazzy de New Orleans no ar. Uma vestimenta do Ray Charles numa parede, uma outra lembrança de um outro monstro da música acolá. Embaixo da escada, ao lado do piano bar, a chapa esquenta no jazz com o Bourbon Street jazz trio, ou quarteto, onde só os “picaretas” tocam.  No palco os maiores da música mundial já pisaram, inclusive esse pobre mortal que vos escreve também já deu uma meia dúzia de canja nesse mesmo palco, eu precisava falar isso rsrs...




BAR CHARLES EDWARDS

O slogan é esse: o bar mais simpático da cidade. E é! Clima de bar super luxo. Eu viajo nos objetos da decoração: a parede do palco mais precisamente, entre outros. A cozinha é demais, vai de Camembert. Gaspar é quem comanda tudo, o líder. Verdade seja dita, quem vai ao Charles e diz que não gostou é porque não entendeu nada. Se faz necessário uma certa maturidade, malandragem, não é saber, é ter as manhas.




DUBLIN LIVE MUSIC

Pub clássico. Pouca luz, madeira, penumbra, whisky, cerveja e ela. O leite materno do irlandês. Guinness. Desce uma, duas, ou vai de Car Bomb. Mas não vai sair depois igual um vacilão com a cabeça cheia de álcool no volante hein. Dá uma atenção no palco, é o mais own. Outra coisa, se você gosta de terror halloween, vai lá no dia das bruxas, é pesado. Quer festão?! Vai no Saint Patrick’s Day, é só um dia que quando acaba você levanta o cartaz escrito: faltam 365 dias para o Saint Patrick’s Day.




KIAORA

Pra mim o mais esportivo da lista. Ou melhor sport n roll. Pub australiano/neo zelândes. Público jovem (balzaco) animado faz a festa. Regado a rock n roll e cerveja, o galpão vermelho é bola da vez para acompanhar os grandes eventos esportivos, se for rugby não hesite em ir pra lá. Já ia me esquecendo do telão. O telão não tem nada demais, é só pra dizer o módulo do meio da primeira fileira debaixo pra cima, eu que estraguei.




THE SAILOR LEGENDARY PUB

O mais novo da noite. O navio ancorou em meio ao asfalto e concreto da cidade. Pelo que pude perceber o pub é uma escola de barman, lá eu conheci dois premiadíssimos. Não sou fã de bebida alcóolica, mas os drinques assinados dos caras são sensacionais, eu que não entendo dos paranauê da bebida percebo que tem toda uma harmonização nos ingredientes do drink. Na boa, experimenta. O dj residente a meu ver, também é trunfo da casa. E pra comer pede o lanche super alpha turbo blaster que eu esqueci o nome, mas vale e muito a pedida.

'Santinhas' que viram um vulcão na cama não são safadas


Em um típico teste inspirado nas revistas voltadas ao público adolescente, o portal UOL fez uma pergunta intrigante nesta semana: Você é boca suja na cama? O teste, feito com a consultoria da psicóloga clínica Cristina Borges, especialista em medicina sexual pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), resulta se a pessoa é santa ou safada na hora do sapeca-iá-iá, como diz o outro.

Eu tenho um problema com o uso pejorativo da palavra safada. Explico.

Aquelas meninas mais conservadoras, mais cuidadosas com a maneira de vestir e se portar, ganham a classificação de safadas quando se liberam sexualmente com o parceiro. Ele mesmo tem essa percepção. Conta para os amigos e a moça recebe uma má fama indevida.

Nem a mulher mais liberal e nem a santinha devem ser rotuladas como “perversas” ao expor sem pudor a libido sexual. A vontade de fazer coisas e de receber faz parte do corpo feminino e do ser, independente de como a pessoa é longe da cama.

A palavra safada é negativa, nesse caso (é positiva na intimidade, o que é outra história). A conotação pejorativa leva a garota mais introvertida a segurar seus desejos por vergonha de ser mal falada. Atitude que bloqueia vontades naturais e legítimas.

Isso pode levar até ao extremo de “secar” o desejo, tornar a mulher assexuada não por opção, e sim por uma ação psicológica oriunda de uma pressão externa que a pessoa assume. Na melhor das hipóteses, a moça conservadora que se envergonha de ser só um corpo com um homem, vai atrás de apetrechos e outros estimulantes para buscar satisfação. Daí entram as lojas de produtos sexuais, que tem as mulheres como o gênero líder no consumo. É igualmente notório a quantidade de mulheres dentro de igrejas que compram vibradores e afins. Há vendedoras, no melhor estilo Avon, que comercializam os brinquedinhos para as “santinhas”.

Além das mulheres precisarem superar esse estigma de safada, os homens têm de entender melhor como funciona a mente e o corpo de uma mulher. E não se precipitar em julgar a parceira pelas ações demonstradas no ato sexual.

Para os inexperientes, lidar com uma moça que vira um vulcão na cama é complicado. Porque é pego desprevenido por palavras, vontades e posições inesperadas. Esquecem que, como qualquer outra mulher, se transformar na hora do sexo é natural. E depreciar isso, só porque a menina tem uma aparência mais conservadora, é um erro crasso.

Você quer fazer o teste? Clique aqui e descubra seu "status".

Playboy dos EUA esconde nudez, volta no tempo e marca um golaço


Em outubro do ano passado, a revista Playboy dos Estados Unidos anunciou que não iria exibir mais nudez em suas páginas. A princípio, para o público em geral, foi um choque. Algo como se a Quatro Rodas não mostrasse mais carros ou a Placar deixasse o futebol de lado. Mas a decisão tomada teve amparo em uma estratégia certeira, concretizada há dois meses. Playboy voltou às origens e elevou o status de uma publicação sofisticada, sem perder leitores ou anunciantes.

Ao ler a edição do mês de maio, me lembrei imediatamente de edições da década de 1960. Começa pela capa, elegante, sutil. O propósito da Playboy no início era justamente esse, ser diferenciada. As mulheres nuas faziam parte sim do pacote, mas chegavam a ser ¼ das páginas de uma edição. O destaque mesmo eram os artigos, os textos.

Capa da edição de maio de 2016 da Playboy (à esq.); do lado, a capa de março de 1970
O fundador da revista Hugh Hefner, trabalhou na Esquire (tipo uma VIP, só que bem melhor). Lá, nos anos 1950, a Esquire já se destacava como uma revista de alto padrão, para homens do mesmo status. A Playboy seria uma Esquire com mulheres. Hefner, incerto se a ideia vingaria, nem enumerou a considerada hoje primeira edição da revista, com a atriz Marilyn Monroe na capa.

Hefner queria apresentar a mulher simples nas páginas de Playboy. The girl next door, a vizinha. E os ensaios nos anos vindouros eram carregados de sensualidade, de provocação _justamente no pé que a revista está atualmente.

A escritora Farah Holt (à esq.) na Playboy de maio de 2016; em agosto de 1966, a atriz Susan Denberg foi destaque
A Playboy se viu forçada a exibir uma nudez mais explícita na década de 1970, 
época que se viu no meio da intitulada Pubic Wars (algo como Guerra Púbica) com a revista britânica Penthouse. Ela chegou nos EUA em 1969 mostrando sem pudor os pelos púbicos das mulheres em suas páginas. O público, curioso, passou a consumir muito a Penthouse e Hefner precisava tomar uma posição. Muito relutante no começo, não querendo ceder, Hefner bloqueava qualquer nudez frontal plena. Só que o mercado acabou vencendo e em 1972, 19 anos após a fundação, a Playboy mostrou seu primeiro nu frontal.

Dois anos depois, as bancas ganharam outra revista masculina que se gabava em mostrar o que o mundo não via: a nudez explícita (assistam ao filme O Povo Contra Larry, sobre a criação da Hustler). As poses ginecológicas das mulheres na revista chamavam muito a atenção e causavam escândalo. Larry Flynt, o fundador da Hustler, provocava muito Hefner e zombava da “nudez light” da Playboy. Desta vez, Hefner nem entrou na briga e fez questão de impedir qualquer nudez explícita nas páginas de sua revista (adendo: isso se manteve ao longo dos anos, a Playboy dos EUA nunca adotou a política da nudez explícita).

A artesã Brook Power (à esq.) na edição de maio de 2016 e a modelo Laura Young, em outubro de 1962
A justificativa de retirar a nudez da Playboy faz sentido. O acesso ao nu está a um clique de distância. Pode ser visto a nudez que desejar. Como a Playboy nunca se sustentou por inteira na mulher pelada, a mudança não é brusca. Afinal de contas, aquela pessoa que queria ver nudez na Playboy nem comprar a revista comprava: ia na internet e procurava algum site que mostrassem apenas as fotos.

Sendo assim, os leitores da Playboy não se dispersaram. Estão consumindo a revista normalmente. Em entrevista recente concedida ao site especializado em marketing Advertising Age, o diretor-executivo da Playboy, Scott Flanders, revelou que a maioria dos anunciantes da edição de março deste ano, a primeira sem nudez, firmaram compromisso para estar presente em outras edições. Geralmente, de acordo com Flanders, quando um novo projeto de conteúdo é lançado, anunciantes esperam de três a quatro edições para decidirem se vão abraçar o novo conceito. Esse é só um entre tantos fatores que confirmam o golaço que a Playboy marcou com a nova estratégia adotada.

Na esquerda, a modelo Keillani Asmus na Playboy de maio de 2016; e a professora/atriz Susan Kelly, em maio de 1961

Sessões de comédias românticas se tornam mais agradáveis com Katherine Heigl


Para um casal, há dois rituais obrigatórios nas noites de sábado: a “atualização de sistema” e, antes disso, uma sessão de cinema ao lado da parceir@. O fim da noite será melhor se o homem não insistir em escolher filmes de ação, de perseguição e afins, e abraçar o gosto feminino e concordar em assistir as tradicionais comédias românticas.

Mas seja esperto: dê palpite e convença que os melhores longas do gênero são os estrelados pela musa Katherine Heigl. Ah, Katherine... Atriz que atingiu o estrelato com seu papel como a bela médica Izzie Stevens na série Grey’s Anatomy entre 2005 e 2010. Ela nunca deixou de atuar no cinema e em 2007 teve o primeiro grande sucesso nas telonas com o longa Ligeiramente Grávidos. Era o começo do reinado.

Confira cinco filmes de comédias românticas com Katherine Heigl para servir como preliminares do sábado à noite:

Ligeiramente Grávidos (2007)

O filme já começa quente com a transa de Katherine (no papel da repórter Alison Scott, foto acima) com Seth Rogen (Ben Stone, que trabalha em um site pornô). Na cena, há um padrão da loira: sem seios à mostra. Em todos os filmes dela, a personagem da atriz não tira o sutiã. Alisson fica grávida de Stone e essa situação produz momentos hilários. Já com uma barriga avantajada, Alisson quer transar, mas Stone fica receoso em machucá-la. Mas, além de ela pedir que “faça com mais força”, Alisson tenta diferentes posições para deixar o parceiro confortável e conseguir ter o prazer que deseja.

A Verdade Nua e Crua (2009)


A busca do par ideal é a ideia central de A Verdade Nua e Crua. Katherine é Abby Richter, linda produtora de TV que acredita no amor verdadeiro, aquele “como de antigamente” e não se rende às novidades utilizadas nas paqueras. Ela passa a ouvir conselhos de um guru de namoro, Mike Chadway (Gerard Butler). Uma das dicas dele foi um presente nada convencional: uma calcinha com um vibrador. O problema é que ela acaba usando a peça íntima em uma reunião de negócios da emissora e o controle da calcinha cai nas mãos de um menino, que passa a brincar com o instrumento e liga Kathe, digamos assim... (veja vídeo acima).

Par Perfeito (2010)


O sortudo da vez é Ashton Kutcher. Protagonista de Two and a Half Men, Kutcher contracenou com Katherine nesta comédia romântica misturada com ação (ação, neste caso, não é sexo). A personagem de Katherine se vê em meio a tiros e perseguição ao lado do marido, o ex-espião Spencer Aimes (Kutcher). Na ação que interessa, há pouca coisa – mas o decote de Katherine está presente. É um filme engraçado e instigante, ótimo para passar o tempo.


Juntos Pelo Acaso (2010)

Filme mais emotivo da lista, Juntos Pelo Acaso tem conteúdo sexual e nudez baixo – mas Heigl está nele, então... É uma lição de como acertar as diferenças em um relacionamento em prol de algo mais importante. Holly Berenson (Katherine) e Eric Messer (Josh Duhamel) ficam como os responsáveis de uma criança de um ano após os pais dela morrerem em um acidente. O casal tem de acertar os interesses distintos para não perder a guarda da menina.

Como Agarrar Meu Ex-Namorado (2012)


Enfim chegou o grande momento! Katherine nua, no chuveiro, algemada. Bem, na verdade não é a cena que se esperava/imaginava, mas o que ocorre nesse take dá uma boa indicação do que é o filme. Apesar de ter sido um fracasso de bilheteria, o filme vale a audiência. A atriz assume a identidade de uma caçadora de recompensa e se vê encurralada entre os desejos sentimentais e valores do trabalho. O que a leva a ficar algemada, nua, no banheiro.

Pelas benesses tecnológicas e fim dos usuários problemáticos, meu voto é sim!


E depois de muito tempo, com uma briga filosófica interna, me rendi aos aplicativos de pegação.

É o boteco/balada/rolê/festa no bolso. Praticidade. Onde quer que você vá, tem acesso a alguém que pode querer algo com você. Seja um dedo de prosa ou até mesmo aquela arroxada gratuita sem compromisso.

Você provavelmente deve estar imaginando que eu seja o Don Juan de tais aplicativos, gostaria, mas não. Só que não.

Acontece muito de vira e mexe alguém comentar que vai encontrar com fulano (a) do Tinder, vou responder mensagem do crush, um sururu com a gata do Kickoff (esse nunca usei, reza a lenda que é o Tinder versão séria).

Para alguns existe o bloqueio moral/filosófico em usar tais aplicativos, e por ficar nessa por um tempo, penso ser besteira. A tecnologia está aí pra ser usada. O problema é que culpamos a tecnologia, mas o imbróglio é o usuário.

Vou citar dois exemplos de utentes dos apps pegação, que pra mim são de cagar pelado.

Estou lá feliz navegando no mundo da pegação e me deparo com a descrição da gata, que em dado momento diz: “não puxo assunto”. Pelo que entendi, a troca de mensagens no app se dá quando existe interesse mútuo entre o casal, logo a confusão no meio de campo já passou. Agora é toque de bola. 

Mas na minha cabeça se passou a seguinte questão: o que impede uma ameba dessa de digitar um oi, olá, oie, uma saudação qualquer via telefone? Deve ser problema, pois se a pessoa não consegue se comunicar à distância imagina a peça ao vivo. Naturalmente monólogo à vista.

Ok. É o papel do homem conquistar e todo o blá blá blá... Agora a pessoa se descrever dizendo que “não puxo assunto”, a meu ver, eu Leonardo compreendo a pessoa como dito mais acima.

No segundo exemplo a cidadona diz assim: “não ligo pro seu tanquinho muito menos pra suas fotos em Paris”. Isso depois de ver as fotos da sujeita valorizando um belíssimo par de seios entre quartos, banheiros, quintais, que não se sabe se são na sua casa ou do vizinho. E você falando do retrato em Paris? What?!

Para com esse complexo de pobreza, inferioridade, sofrência. Fato que muitas pessoas fazem do corpo bonito e viagens seus trunfos, sim é. Mas nada impede ninguém de trabalhar, fazer uma correria, pra viajar, e/ou cuidar do corpo.

Não estou endossando padrão de beleza nem condição financeira, mas se descrever dessa maneira, a meu ver, eu Leonardo vejo como “tenho invejinha de você”.

E se você está num app de pegation, se descreva de forma mais construtiva, sai dessa vala.

Uma não sabe falar a outra tem vergonha de ser quem é ou tem preguiça de buscar algo melhor. Vai dar tudo certo sim amiguinha, pode confiar (ironic mode:on).

Ósculos e amplexos.    

Capítulo final – Fernanda & Maria Advogados


O tempo passa.

Mas é interessante observar como a vida dá voltas e percebo que a minha foi bem conturbada. E definitivamente gloriosa.

É lindo ver a juventude pulsar em você. Já tive a sua idade _não, não sou velha e nem saudosista. Estou na casa dos trinta, 3.7, mas não conta para ninguém. E, fora isso, também estive em sua posição agora, de estagiária.

Tenho carinho por ti. Espero que minha filha se torne parecida contigo. Ela está no caminho, mas tem ainda o ensino médio para curtir e decidir o que quer fazer. O que não sabe ainda, você acredita? Ouvi dizer que quer ser economista... Evidentemente, irei apoiá-la na escolha.

Uma carreira tem de ser escolhida por amor, não por pressão da família, por exemplo. Veja eu: advogada porque sempre curti a profissão. Meu pai me incentivava, mas até certo ponto. E, por mais que um ruído tenha sido criado entre nós, pelo jeito que me tratou, as palavras ditas... Tudo serviu como um empurrão a mais na construção do “eu” de hoje.

Esse fogo de fazer a diferença no trabalho, de fazer algo marcante, eu vi nos olhos da Maria, naquela época da facul que comentei. A minha melhor amiga desde então. Ela me defendeu, teve compaixão, cedeu abrigo. 

Nunca esqueci daquele dia. O dia que Maria segurou no meu braço com tanta força, fitou os olhos em mim com tanto fervor... Senti que alguma coisa grande sairia daquele instante.

O resultado é isso que você observa aqui nessa sala. Esses quadros... Principalmente aquele que eu vejo você sempre encarando, creio que com vergonha de perguntar porque mandei por uma moldura...

É um troféu, entende? Muito simbólico. Representa a Glória.

Faz lembrar sempre do porquê estamos aqui, qual o motivo desta firma existir. Nosso objetivo, como gosto de reforçar sempre, você sabe, é ajudar as mulheres que estão por aí ao relento, sem ninguém para auxiliá-las. Sim, o foco é custódia de filhos. Para defender direitos básicos. Em qualquer causa. Porém, a familiar é a especialidade.

Ter passado por tanta tormenta me deu experiência. Compreendo bem o que cada cliente passa. Fica mais fácil agir.

Olhar aquele quadro revigora. Motiva. E não me faz esquecer como cheguei aqui e porque tenho de seguir em frente.

Sei que é esquisito alguém ter pendurado o documento que oficializa a guarda da filha...

FIM
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